terça-feira, 27 de novembro de 2007
terça-feira, 13 de novembro de 2007
segunda-feira, 15 de outubro de 2007
Non, je ne regrette rien
Non, je ne regrette rien
Charles Dumont / Michel Vaucaire / Edith Piaf
Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien!
Ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal;
tout ça m'est bien egal!
Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien!
C'est payé,
balayé,
oublié.
Je me fous du passé!
Avec mes souvenirs
j'ai allumé le feu!
Mes chagrins, mes plaisirs,
je n'ai plus besoin d'eux!
Balayés les amours
avec leurs trémolos,
balayer pour toujours!
Je repars à zéro.
Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien!
Ni le bien qu'on m'a fait,
ni le mal;
tout ça m'est bien egal!
Non, rien de rien,
non, je ne regrette rien!
Car ma vie,
car me joies
aujourd'hui
ça commence avec toi!
Não, De Jeito Nenhum
Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Nem o bem que me fizeram,
Nem o mal, tudo me parece igual
Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Está pago, varrido, esquecido
Eu estou farta do passado
Com minhas lembranças,
Eu alimentei o fogo
Minhas aflições, meus prazeres
Eu não preciso mais deles
Varri meus amores
Junto a seus aborrecimentos
Varri por todo dia
Eu volto ao zero
Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Nem o bem que me fizeram,
Nem o mal, tudo me parece igual
Não, de jeito nenhum
Não, eu não me arrependo de nada
Minha vida, Minhas jóias
Hoje
Começa com você
terça-feira, 9 de outubro de 2007
terça-feira, 2 de outubro de 2007
perdi...
Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão
Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém
Acho que eu fico mesmo diferente
Quando falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
E uso as palavras de um perdedor
As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei
As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci
Pouco adiantou
Acender cigarro
Falar palavrão
Perder a razão
Eu quis ser eu mesmo
Eu quis ser alguém
Mas sou como os outros
Que não são ninguém
Acho que eu fico mesmo diferente
Quando falo tudo o que penso realmente
Mostro a todo mundo que eu não sei quem sou
E uso as palavras de um perdedor
As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei
As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci
As brigas que ganhei
Nem um troféu
Como lembrança
Pra casa eu levei
As brigas que perdi
Estas sim
Eu nunca esqueci
Eu nunca esqueci
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Pinóquio saiu de lá achando que tinha a solução ideal.
Algumas semanas depois, Gepetto viu Pinóquio andando todo feliz pela cidade perguntou:
- Como vai a namorada?
Resposta do Pinóquio:
terça-feira, 25 de setembro de 2007
Aulas no CRAV recomeçam. Nem acredito que é o último trimestre do ano, do segundo ano. Daqui a pouco já estaremos no fim. E recém começou. Tantas coisas aconteceram comigo nesses dois anos. Tantas mudanças na minha vida que as vezes é como se eu já não soubesse quem eu sou.
Tou muito carente as vezes. Tou frio pra caramba as vezes também. Me sinto só e odeio isso de noite. E passo o dia fugindo de todo mundo querendo um pouco de paz.
Acho que me transformei numa garrafa... Daquelas das antigas que se tinha que levar pro buteco pra servir de casco. Dependendo do conteúdo, eu mudo de cor, de temperatura, de gosto. E o conteúdo tem mudado tão rapidamente que minha cabeça parece que vai explodir antes do ano novo.
Enfim, tem muita gente que bebe champagne em outras datas qeu não o reveillon. Tem muita gente no mundo. Gente pra tudo. Graças a sei lá quem, que não eu! rsrsrsrsrs
Intervalo terminou e lá vou eu: História da Televisão Brasileira. Garrafinha pronta pra ser enchida.
iupi!
:@
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
Fazia muito tempo que meus olhos já não doíam, mas, mesmo assim, eu resistia em olhar para o sol. Me disseram a vida toda que não se deve mesmo fazê-lo porque corrompe a visão, modifica as cores e não leva a nada porque nada se enxerga. Contudo, eu percebi, dias pra cá, que há um motivo para que milhões de girassóis em volta do mundo gastassem todas as horas dos seus dias simplesmente encarando o sol de frente: refletir luz.
Há milhões de girassóis no mundo e todos eles são quase iguais. Há apenas um único sol, que é diferente e superior a tudo quanto no mundo há. Agora fica a pergunta? Será que o sol não é o sol por causa dos milhões de girassóis que refletem a sua luz diariamente? Se apagássemos os girassóis, será que o sol não deixaria de brilhar?
Gostei de entrar na dança das flores e não deixar a luz apagar. O mundo tem sido muito divertido nessa ousadia de encarar quem é maior na certeza de que assim também se é grande.
Beijos aos meus amigos amarelos que tenho encontrado aqui e ali dos jeitos mais iluminados possíveis.
quinta-feira, 13 de setembro de 2007
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
ARTE FAZ MAL
Queridos amigos,
pessoas a quem quero bem,
A Bienal começou. O Porto Alegre em Cena está quase aí. A temporada de filmes para o inverno inicia com a chegada do outono no hemisfério norte. E o que venho sugerir é que NÃO participem de nenhum desses eventos. ARTE faz mal.
A gente vê estrelas em dias nublados. Nuances de cinza em tabuleiro de xadrez. Bolhas de gás
Palavras prendem e vocês se acostumarão com as essas amarras: nós profundos de Hilda Hilst, Saramago e Caio F. Universos paralelos, beijos pesados, molhados, crueldade de Frida Kahlo, solidão de Hooper, paz de Monet, liberdade de Picasso. Luz. Inspiração. Você se torna cambaleante numa mala de dores leves e pesadas, gritantes e discretas como numa dança muda no gelo, quando você cai mas não se machuca... Teu cabelo muda de cor, teu coração gira, teu sangue pulsa, pulsa e se acalma ouvindo um lamento de Chopin, um murmúrio de Belle & Sebastian, um tom de Elis. Histórias de um mundo que só você vê. Tchaikovsky. Calcanhoto. Assasssinas, os Mamonas ones.
Amigos, se ouvirem falar
...eu.
________________SUGESTÃO: Brilho eterno de uma mente sem lembranças.
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
http://www.fotolog.com/deiateteia
Se eu me afastar de ti, procure entender, não vai significar que eu tenha esquecido do nosso passado, ele estará sempre guardado.
Se por acaso eu encontrar um outro alguém, seja ele quem for, me perdoa, é que o meu coração não estava trancado, apenas em repouso forçado.
Se quando vc se lembrar de nós o teu coração ficar apertado, tente me colocar de lado, mas não me esqueça definitivamente, guarde um cantinho ai dentro cercado de amor e calor.
Se parecer que eu vou voltar, não se iluda, terá sido apenas uma dúvida.
Se tu achar que não valeu a pena...que pena, pois eu viveria tudo outra vez, do jeitinho que a gente fez.
Se a gente se esbarrar por aí, tente me ouvir, se a gente não se encontrar mais, procure me guardar na memória, afinal, temos uma história.
Se tu finalmente encontrar outro alguém, nunca fale de mim, faça de conta que não fui ninguém, que nunca existi.
Se lá adiante, bem distante, tu sentir a alma sozinha, perdida, incontida dentro do seu peito, me avise, eu dou um jeito, venho te ver, te dou um afago, te faço um carinho, te digo baixinho que não te esqueci de verdade, que ainda sinto saudade...mas se um dia eu voltar....não deixe o destino nos pegar, vamos fugir, mesmo sem saber aonde ir, para que ele não nos ponha a prova, para que ele não destrua ao menos esse nosso instante de glória!!!
Faço das tuas, as minhas palavras...
Uma tentativa, naum a primeira....quem sabe nem a ultima...
quarta-feira, 1 de agosto de 2007
http://www.fotolog.com/lucasdeac
(as vezes, acho que fotolog deveria se chamar textolog!)
domingo, 22 de julho de 2007
A Waltz For a Night
Let me sing you a waltz
Out of nowhere, out of my thoughts
Let me sing you a waltz
About this one night stand
You were for me that night
Everything I always dreamt of in life
But now you're gone
You are far gone
All the way to your island of rain
It was for you just a one night thing
But you were much more to me
Just so you know
I hear rumors about you
About all the bad things you do
But when we were together alone
You didn't seem like a player at all
I don't care what they say
I know what you meant for me that day
I just wanted another try
I just wanted another night
Even if it doesn't seem quite right
You meant for me much more
Than anyone I've met before
One single night with you little Jesse
Is worth a thousand with anybody
I have no bitterness, my sweet
I'll never forget this one night thing
Even tomorrow, another arms
My heart will stay yours until I die
Let me sing you a waltz
Out of nowhere, out of my blues
Let me sing you a waltz
About this lovely one night stand
***
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Semana cheia de acontecimentos. Fui reprovado pela primeira vez na vida (por excesso de faltas!) numa cadeira da faculdade. E quase fui em outra. O aluno nove e dez deu lugar a alguém cheio de seis... Discuti com o meu professor, que nem professor é. Gastei muito telefone. Jantei com meus pais. Assisti horrores de filmes, até perdi a conta... Conheci gente nova! Mandei mensagens de Dia do Amigo e até chorei com uma delas. Dormi bem. Acordei bem. Comi bem. E sonhei melhor ainda.
Pensei nos meus 16 anos. Pensei no meu findi passado. Pensei na minha vida no futuro. E não pensei em mais nada. Vontade de me espreguiçar... Como um gato, dormir no cólo de alguém. Como um gato, me lamber todo e curtir o solzinho dessa minha vida que começa a ficar muito boa, como eu acho que mereço, como eu tenho certeza que preciso.
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-- nem sempre quero ser entendido.
--porque eu não te tenho de verdade?
--nem eu me tenho de verdade.
--por que quero algo que não sei o quê?
--nem sempre queremos alguma coisa. mas buscar entender, buscar ter e buscar si mesmo é algo que sempre, sempre fazemos.
--e pra te conquistar?
-- experimente fugir do sempre e do nunca. daí sim vc será especial pra mim. e quase ninguém o é.
-- vc se faz difícil!
-- os outros é que se fazem de fácil demais.
-- lindo!
--guri, guri...
quinta-feira, 19 de julho de 2007
Espelho, espelho meu...
Poderia me dizer onde se meteu o raio cujo relâmpago não mais apareceu?
88888888
Não tou perdido, mas queria que me achassem.
Não tou exilado, mas queria voltar.
Não tou preso, mas queria estar livre.
Não tou triste, mas queria pular de tão feliz.
Não tou pouco, mas queria estar muito.
Não estou nada, mas quero muito!
sexta-feira, 29 de junho de 2007
Quando a música pára nas nossas vidas
Toquei. Os aplausos vieram. Meus pais ficaram orgulhosos e, semanas depois, fiquei sabendo que minha nota tinha sido 8,5: um resultado nem tão baixo, nem tão alto. Eu era mesmo um pianista nem tão baixo, nem tão alto.
Naquela tarde do concerto, alguém tirou 10,0. Um menino que fora o último a tocar. O último porque era a estrela do Conservatório: Marcelo Schreiber. O Marcelo era quatro anos mais novo que eu - ele tinha 7! - e quatro anos a mais que eu no estudo do instrumento - ele tocava piano há quatro, enquanto eu estava terminando meu primeiro. E tocou uma composição cujo nome ou melodia eu já não me lembro, mas que tinha bem mais páginas que a minha. E recebeu bem mais aplausos que eu.
Os anos se passaram. Eu estudei até quase os meus 14 anos e, aos 16, minha mãe vendeu o piano e eu nunca mais precisei tocar nenhuma página de partitura nenhuma. O Marcelo seguiu estudando e arrancando aplausos nos pequenos e grandes concertos de que participava. Entrou na Ufrgs, se formou em Música e, quando eu tinha 25, fui assistí-lo no seu concerto de graduação. O Marcelo estava acompanhado de cantores líricos e a noite inteira fora unicamente dele. Horas de música da melhor qualidade, páginas e mais páginas de partituras cujas notas ele nem olhava mais. O resultado fora a Distinção.
Hoje encontrei o Marcelo quando estava saindo do trem. Estávamos no mesmo vagão, mas não nos vimos antes. O Marcelo não toca mais piano.
Casado, substituiu as teclas brancas e pretas e as partituras que não necessitavam mais seu olhar pelo serviço público na Prefeitura de Esteio, como auxiliar de escritório. Vendeu o piano e esqueceu o diploma, os aplausos e o rádio que gravava a apresentação para nos dar a nota semanas depois. O Marcelo recebe uma nota mais ou menos, nem tão alta, nem tão baixa, todo final de mês. Uma nota certa, garantida e necessária.
Hoje, ao encontrar o Marcelo, eu descobri que a adolescência acaba quando a música pára nas nossas vidas.
terça-feira, 19 de junho de 2007
Minha nova manta
Construir sonhos e descontruí-los logo ali adiante é o que tenho feito ultimamente. Sempre, como a moça tecelã, atrás de algo que envolva os meus dedos, o meu corpo. Um sonho que me consuma, que me faça lembrar de que estou vivo, que ocupe meu corpo apenas com meus próprios e únicos egoísmos.
Eu acho que estou em fase de tecer agora porque já desteci algumas velhas mantas do passado. E, na vontade de que o inverno dure bastante, fico sentindo o calor da lã enquanto teço castelos, palácios e aviões. Talvez, um dia, terei que destecer tudo novamente, mas aí vai depender de como o frio vai se comportar e de como os sonhos vão se tornar realidade.
"Então, como se ouvisse a chegada do sol, a moça escolheu uma linha clara. E foi passando-a devagar entre os fios, delicado traço de luz, que a manhã repetiu na linha do horizonte. "
sábado, 9 de junho de 2007
Tudo vale pouco e o pouco vale tudo. Viu?
Parar é mais difícil.
Ser é mais difícil.
Cozinhar é mais fácil.
Chorar é mais difícil.
Se entregar é mais difícil.
Dizer é mais difícil.
Rezar é mais fácil.
Realizar sonhos é mais difícil.
Viver é mais difícil.
Crescer é mais difícil.
Aumentar é mais fácil.
Dever haver algum problema comigo porque quero sempre o mais difícil.
E não quero cozinhar ninguém.
E não quero esperar que minhas preces sejam atendidas.
E não quero aumentar nada porque já tenho bastante.
_____
Festa de Babette (Babette's Feast, Gabriel Axel, Dinamarca, 1987)
quarta-feira, 6 de junho de 2007
You can take to hide your shame from all those prying eyes
Domingo, voltando da Redenção, eu vi, pendurado em uma árvore da Rua São Manuel, algumas fotos de uma menina brincando no jardim. Alguém fez uma armação com arame e pendurou várias delas lá. Não sei porquê, não sei quem foi, nem conheço a menina. Mas encheu a minha alma...
Acho que a vida pode ser uma crônica, quando não pode ser um poema.
E como eu queria alguém que lesse os meus poemas, visse as minhas fotos penduradas, soltasse balões de gás hélio com imagens ao céu.
"Belle & Sebastian" foi algo que eu descobri há pouco. Desde então, não passo um só dia sem assistir a um clipe no youtube e encher a minha árvore de coisas simples, belas e fortes.
"You will have a boy tonight.
You will have a girl tonight]
On the first bus out of town
On the last bus out of town
And you you hope that they will see."
segunda-feira, 4 de junho de 2007
What can I do - The Corrs
I haven't slept at all in days
It's been so long since we have talked
And I have been here many times
I just don't know what i'm doing wrong
What can I do to make you love me
What can I do to make you care
What can I say to make you feel this
What can I do to get you there
There's only so much I can take
And i just got to let it go
And who knows I might feel better
If I don't try and I don't hope
No more waiting, no more aching,
No more fighting, no more trying...
Maybe there's nothing more to say
And in a funny way I'm calm
Because the power is not mine
I'm just gonna let it fly
Love me...
sábado, 2 de junho de 2007
em que os sóis não esquetam.
em que tudo o que você diz não diz nada para ninguém.
Há tempos em que os ponteiros não andam.
em que os dias não passam.
em que os passares se estacionam.
Há tempos em que nada há
a não ser as rosas que se tivessem outro nome
seriam outras flores.
sexta-feira, 1 de junho de 2007
quinta-feira, 31 de maio de 2007
Tem um cachorro perto da minha casa que late sem parar. Late. Late. Late e não me deixa dormir.
Eu tento pegar no sono e lá vem ele com seu latido insistente, latente, permanente e uníssono.
Os vizinhos reclamam. Dele e de mim. A vida reclama. A noite reclama. A lua (hoje de saco CHEIA) reclama também. Alguém pode fazer ele calar a boca?
Ou, então, descerei e me juntarei a ele. Latindo também e fazendo serenata pra qualquer roda que passar voando nas avenidas redondas.
terça-feira, 29 de maio de 2007
domingo, 27 de maio de 2007
domingo, 20 de maio de 2007
sábado, 19 de maio de 2007
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São necessários quantos pontos para eu desenhar um areal?
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Quero me deitar na praia e ficar olhando
pras ondas que fazem de conta que querem me molhar, mas nunca me encharcam de verdade
...
sexta-feira, 18 de maio de 2007
Sim, sempre sim
-Tu deve estar mesmo bem deprimida né...
-Desculpa?
-Eu disse que tu deve tá bem triste...
-Por que tu acha isso?
-Pra começar... não tem pombo nessa praça.
-Ah...bem que eu achei estranho!
-Posso sentar aí?(ela o olha estranhamente) Eu não sou um psicopata assassino, se é isso que tu tá pensando.
-Ah, então eu acho que tudo bem de tu sentar aqui.
-Além do mais, eu só matei o quê, duas pessoas? Isso, nos dias de hoje, até santifica!
-Ahh, então eu não tenho nada mesmo com o que me preocupar.
Curto silêncio
-Eu me chamo Rodrigo. Prazer!
-Prazer.
Silêncio.
-Desculpa, mas... Não vai me dizer o teu nome?
-Nome não é uma coisa que se vai dando pra qualquer um, sabe?
-É, as vezes, o nome é a ultima coisa que se dá hoje em dia...
- Bom, tu disse teu nome porque tu quis.
-E quem disse que esse é o meu nome de verdade?
-Tu disse.
-Eu disse que EU me chamo Rodrigo.
-Humm. Vou repensar a hipótese do psicopata...
-Hahah! A primeira piada sua.
-Hehh... É...
Ela parece entristecer de repente. Ele levanta e pára na frente dela com a mão esticada.
-Vem comigo? (ela não responde) Sim, sempre sim.
-Como?
-A resposta pra tudo, sabe? Quando alguém te pergunta "Sim ou Não": Sim, sempre, sim.
-Por quê?
- Por que não? Dizendo sim, tu abre espaço pra que alguma coisa fora do teu controle aconteça.
-E por que eu ia querer isso?
-Tu sabe o que vai acontecer se tu pegar na minha mão?
-Não...
-Nem eu, mas eu não quero pensar nisso agora.
-(rindo) Tu é louco?
-Sim, sempre...
Ela pega na mão dele.
(Maurício Fülber)