-Tu deve estar mesmo bem deprimida né...
-Desculpa?
-Eu disse que tu deve tá bem triste...
-Por que tu acha isso?
-Pra começar... não tem pombo nessa praça.
-Ah...bem que eu achei estranho!
-Posso sentar aí?(ela o olha estranhamente) Eu não sou um psicopata assassino, se é isso que tu tá pensando.
-Ah, então eu acho que tudo bem de tu sentar aqui.
-Além do mais, eu só matei o quê, duas pessoas? Isso, nos dias de hoje, até santifica!
-Ahh, então eu não tenho nada mesmo com o que me preocupar.
Curto silêncio
-Eu me chamo Rodrigo. Prazer!
-Prazer.
Silêncio.
-Desculpa, mas... Não vai me dizer o teu nome?
-Nome não é uma coisa que se vai dando pra qualquer um, sabe?
-É, as vezes, o nome é a ultima coisa que se dá hoje em dia...
- Bom, tu disse teu nome porque tu quis.
-E quem disse que esse é o meu nome de verdade?
-Tu disse.
-Eu disse que EU me chamo Rodrigo.
-Humm. Vou repensar a hipótese do psicopata...
-Hahah! A primeira piada sua.
-Hehh... É...
Ela parece entristecer de repente. Ele levanta e pára na frente dela com a mão esticada.
-Vem comigo? (ela não responde) Sim, sempre sim.
-Como?
-A resposta pra tudo, sabe? Quando alguém te pergunta "Sim ou Não": Sim, sempre, sim.
-Por quê?
- Por que não? Dizendo sim, tu abre espaço pra que alguma coisa fora do teu controle aconteça.
-E por que eu ia querer isso?
-Tu sabe o que vai acontecer se tu pegar na minha mão?
-Não...
-Nem eu, mas eu não quero pensar nisso agora.
-(rindo) Tu é louco?
-Sim, sempre...
Ela pega na mão dele.
(Maurício Fülber)
Um comentário:
eu fiquei hooooooras pensando nesse texto.
sério, é MUITO bom! :O
é de um roteiro, ou é só essa partezinha?
me cooooooooonta! :D
(vou te colocar nos meus linkezinhos do blog ^^)
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