quinta-feira, 31 de maio de 2007


Tem um cachorro perto da minha casa que late sem parar. Late. Late. Late e não me deixa dormir.

Eu tento pegar no sono e lá vem ele com seu latido insistente, latente, permanente e uníssono.

Os vizinhos reclamam. Dele e de mim. A vida reclama. A noite reclama. A lua (hoje de saco CHEIA) reclama também. Alguém pode fazer ele calar a boca?

Ou, então, descerei e me juntarei a ele. Latindo também e fazendo serenata pra qualquer roda que passar voando nas avenidas redondas.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Moon River, wider than a mile,
I'm crossing you in style some day.
Oh, dream maker, you heart breaker,
wherever you're going I'm going your way.
Two drifters off to see the world.
There's such a lot of world to see.
We're after the same rainbow's end waiting 'round the bend,
my huckleberry friend,
Moon River and me.

domingo, 27 de maio de 2007

A vida sempre se ajeita!

quarta-feira, 23 de maio de 2007



Na boa,

nunca pensei que seria tão bom

brincar sozinho!

domingo, 20 de maio de 2007


Se a vida é uma guerra, o meu objetivo, agora, é conquistar os meus próprios territórios.
Assim não precisamos mais comparar nossos dados, contar nossos exércitos, trocar cartas.

Assim não precisamos mais fazer nada.

sábado, 19 de maio de 2007

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São necessários quantos pontos para eu desenhar um areal?
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Quero me deitar na praia e ficar olhando
pras ondas que fazem de conta que querem me molhar, mas nunca me encharcam de verdade
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sexta-feira, 18 de maio de 2007

Sim, sempre sim

Guria está jogando pedaços de pão no chão de uma praça. Um guri chega.

-Tu deve estar mesmo bem deprimida né...
-Desculpa?
-Eu disse que tu deve tá bem triste...
-Por que tu acha isso?
-Pra começar... não tem pombo nessa praça.
-Ah...bem que eu achei estranho!
-Posso sentar aí?(ela o olha estranhamente) Eu não sou um psicopata assassino, se é isso que tu tá pensando.
-Ah, então eu acho que tudo bem de tu sentar aqui.
-Além do mais, eu só matei o quê, duas pessoas? Isso, nos dias de hoje, até santifica!
-Ahh, então eu não tenho nada mesmo com o que me preocupar.


Curto silêncio

-Eu me chamo Rodrigo. Prazer!
-Prazer.

Silêncio.

-Desculpa, mas... Não vai me dizer o teu nome?
-Nome não é uma coisa que se vai dando pra qualquer um, sabe?
-É, as vezes, o nome é a ultima coisa que se dá hoje em dia...
- Bom, tu disse teu nome porque tu quis.
-E quem disse que esse é o meu nome de verdade?
-Tu disse.
-Eu disse que EU me chamo Rodrigo.
-Humm. Vou repensar a hipótese do psicopata...
-Hahah! A primeira piada sua.
-Hehh... É...

Ela parece entristecer de repente. Ele levanta e pára na frente dela com a mão esticada.

-Vem comigo? (ela não responde) Sim, sempre sim.
-Como?
-A resposta pra tudo, sabe? Quando alguém te pergunta "Sim ou Não": Sim, sempre, sim.
-Por quê?
- Por que não? Dizendo sim, tu abre espaço pra que alguma coisa fora do teu controle aconteça.
-E por que eu ia querer isso?
-Tu sabe o que vai acontecer se tu pegar na minha mão?
-Não...
-Nem eu, mas eu não quero pensar nisso agora.
-(rindo) Tu é louco?
-Sim, sempre...

Ela pega na mão dele.

(Maurício Fülber)




quinta-feira, 17 de maio de 2007

Stay awake, don't rest your head
Don't lie down upon your bed
While the moon drifts in the skies
Stay awake, don't close your eyes

Though the world is fast asleep
Though your pillow's soft and deep
You're not sleepy as you seem
Stay awake, don't nod and dream
Stay awake, don't nod and dream


quarta-feira, 16 de maio de 2007

Cortar

A costureira faz uma linha que a tesoura transforma em duas.
"Maldita tesoura!" pensa a mulher burra que assiste à cena.
A costureira, que conhece a vida, sabe que há coisas no mundo bem como uma tesoura: fazem o seu trabalho, brincando com o nosso.

Há coisas que são como têm quer ser.